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Em 2024, o Brasil incinerou um total de 10,9 milhões de doses de vacinas vencidas, conforme dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela coluna de Tácio Lorran, do portal Metrópoles. O maior volume de descarte foi de vacinas contra a Covid-19, com 6,4 milhões de doses inutilizadas, seguidas pela tríplice DTP (proteção contra difteria, tétano e coqueluche), que teve 3,1 milhões de doses descartadas. Em terceiro lugar, a vacina contra febre amarela teve 663,2 mil unidades incineradas.

A situação pode se agravar ainda mais, pois o Ministério da Saúde possui aproximadamente 12 milhões de doses vencidas em estoque, das quais 9 milhões são da vacina Janssen contra a Covid-19. Essas doses também deverão ser descartadas. A pasta explicou que o desperdício de imunizantes reflete, em parte, o impacto de campanhas de desinformação, que minaram a confiança da população na eficácia e segurança das vacinas. “As vacinas contra a Covid-19 são alvos principais dessas campanhas, o que gera desconfiança e reduz a adesão da população”, declarou o Ministério em nota oficial.

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Apesar do grande número de vacinas inutilizadas, o Ministério da Saúde assegurou que não há falta de vacinas no Brasil atualmente. A pasta também destacou que a gestão do descarte de vacinas é de responsabilidade dos estados e não está sob o controle direto do governo federal: “Não possuímos gerência sobre a incineração no âmbito estadual”, afirmou o Ministério.

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