Ah, Manaus! Cidade maravilhosa, cercada pela majestade da Amazônia, mas que parece estar eternamente condenada a ser o palco de uma tragicomédia política. Enquanto os cidadãos lutam contra enchentes, postos de saúde lotados e um trânsito caótico, nossos ilustres representantes decidem que o melhor lugar para “trabalhar” é em uma praia paradisíaca do Caribe. Sim, o prefeito David Almeida e sua esposa, a primeira-dama, parecem ter encontrado a solução para os problemas da cidade: ignorá-los de frente para o mar azul-turquesa.
Mas não para por aí. Enquanto Manaus afunda literal e figurativamente, a primeira-dama, que nas redes sociais se apresenta como uma devota mulher de fé, é flagrada curtindo uma balada com champanhe caro e drinks sofisticados. Ora, ora, quem diria que a “mulher de Deus” também sabe como aproveitar a noite? Claro, não há problema algum em curtir a vida, mas quando você usa a religião como trampolim eleitoral, a hipocrisia se torna um espetáculo digno de nota.
E assim seguimos, trocando nossos votos por migalhas: um saco de cimento aqui, um rancho ali, que tal um óculos novo ou uma dentadura?. Enquanto isso, os mesmos grupos políticos se revezam no poder, como se fossem os donos de um feudo medieval, extraindo até a última gota de recursos públicos para si e seus comparsas. E nós, o povo, assistimos a tudo isso como meros espectadores, esperando que um dia, talvez, as coisas mudem. Mas será que mudam?
A verdade é que essa é uma história que se repete não só em Manaus, mas em todo o Brasil. Políticos que usam o cargo como um salvo-conduto para enriquecimento pessoal, enquanto a população sofre as consequências de décadas de má gestão. E o pior? Parece que estamos presos em um ciclo vicioso, onde as más escolhas do passado continuam a assombrar as gerações futuras.
Então, caro leitor, enquanto você lê esta crônica, pense: até quando vamos aceitar essa realidade? Até quando vamos trocar nosso futuro por promessas vazias e migalhas? A mudança, se é que algum dia virá, só acontecerá quando o cidadão comum decidir que já basta. Até lá, continuaremos a ver nossos “representantes” brindando com champanhe, enquanto Manaus — e o Brasil — afundam cada vez mais.
E assim, termino com uma previsão nada otimista: isso não vai mudar. A menos que, um dia, o povo acorde e repense suas escolhas. Mas, enquanto isso, preparem-se para mais capítulos dessa saga interminável de descaso, hipocrisia e desilusão. Afinal, o show — ou seria o circo? — deve continuar.