USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ -- USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ --

Por horabrasilia

A piora nas condições econômicas do Brasil, marcada por um rombo nas contas públicas, inflação acima da meta de 3% e a perspectiva de alta na taxa Selic, tem gerado impactos significativos nos preços dos ativos, especialmente nas ações negociadas na B3. O cenário de incerteza, somado à saída de dólares e à crescente volatilidade, está fazendo com que gestores de fundos revisem suas estratégias para o país.

“Aversão ao risco aumentou”, afirma Rafael Siqueira, sócio da L2 Capital Partners. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores, tem oscilado consideravelmente em 2024. Após fechar 2023 em 134.185 pontos, o índice chegou à mínima de 119.137 em junho, se recuperou até um recorde de 137.343 em agosto, mas voltou a cair, fechando em 131.005 pontos nesta segunda-feira (14).

Um dos sinais claros da baixa confiança no mercado brasileiro é a saída de US$ 52,4 bilhões pela conta financeira nos primeiros nove meses de 2024, a segunda maior retirada da história. Economistas temem que este ano possa superar até 2020, período marcado pela pandemia, como o pior da história recente em termos de saída de capital.

Em meio a esse cenário, os investimentos em renda fixa, especialmente títulos do Tesouro Nacional, tornaram-se a escolha preferida dos investidores. As Notas do Tesouro Nacional (NTN-B), atreladas à inflação, estão oferecendo juros reais próximos a 7%, o que tem atraído investidores. Em julho, as operações do Tesouro Direto atingiram um recorde de 869 mil transações, com uma captação líquida de R$ 1,01 bilhão.

Leia também!  Fausto Jr. propõe audiência pública para discutir impactos da venda de reserva mineral no Amazonas para estatal chinesa

“Renda fixa está muito mais atrativa do que os ativos de maior risco”, observa Siqueira, destacando que setores sensíveis à taxa de juros são os mais prejudicados. A Verde Asset, uma das maiores gestoras do país, reduziu drasticamente sua exposição a ações brasileiras, preferindo papéis de longo prazo atrelados à inflação. Em seu relatório, o fundo Verde AM Ações FIC FIA comenta que as expectativas para setembro não se concretizaram, e que o mercado superestimou a bolsa brasileira, aguardando fluxos de investimento externos que não se materializaram.

Outras gestoras, como a XP Asset Management, também projetam um cenário desafiador para ativos de risco. A XP destaca que mantém posições estratégicas voltadas a se beneficiar de um contexto de elevação de juros e incertezas fiscais no Brasil. O último relatório de um fundo da XP aponta que o tom mais rígido do Comitê de Política Monetária (Copom) e a percepção de que o ciclo de alta de juros no Brasil será prolongado contribuíram para o desempenho descolado da bolsa brasileira em relação ao exterior.

Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

PUBLICIDADE
Compartilhar.