A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma revisão da decisão que considera não haver uma norma clara para a incorporação de presentes recebidos por presidentes ao patrimônio público. A AGU argumenta que essa interpretação pode prejudicar o interesse público e desrespeitar os princípios de razoabilidade e moralidade administrativa, além de afetar negativamente o patrimônio cultural da União.

A preocupação da AGU é que a decisão do TCU possa gerar um efeito retroativo, permitindo que ex-presidentes recuperem presentes já incorporados ao patrimônio da União. O órgão citou como exemplo o recente julgamento que isentou o presidente Lula da devolução de um relógio de luxo recebido da Cartier em 2005, durante seu primeiro mandato.

Leia também!  Com disputa acirrada, São Paulo terá segundo turno entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)

A decisão, que teve maioria no TCU, pode influenciar outros casos, como o das joias sauditas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Jorge Oliveira, que votou pela isenção de Lula, destacou que não há uma norma específica sobre o tratamento de presentes recebidos por presidentes, sugerindo que tal regulamentação cabe ao Congresso. Em 2016, o TCU já havia estabelecido diretrizes para a incorporação de bens de alto valor recebidos por autoridades ao acervo público.

Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

PUBLICIDADE
Compartilhar.