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Após nove horas de negociações na Arábia Saudita nesta terça-feira (11), uma nova proposta de cessar-fogo foi anunciada entre os negociadores dos Estados Unidos e da Ucrânia, oferecendo um caminho para o início de discussões de paz com a Rússia. Pela primeira vez desde o início do conflito há mais de três anos, uma das partes envolvidas no confronto aceitou a ideia de uma trégua para abrir o diálogo.

Em um comunicado conjunto, foi informado que a Ucrânia concorda com a proposta de um cessar-fogo provisório de 30 dias, podendo ser estendido por mútuo acordo. A proposta será formalmente comunicada à Rússia, e a reciprocidade por parte dos russos será fundamental para o avanço do processo de paz.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que tem desempenhado um papel influente nas conversas, expressou otimismo, sugerindo que o cessar-fogo poderia ser alcançado nos próximos dias. “São precisos dois para dançar um tango”, afirmou Trump, ressaltando a necessidade de um acordo mútuo. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reforçou a pressão sobre Moscou, dizendo que a aceitação do acordo representaria um gesto de boa vontade crucial para a paz.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também manifestou sua disposição para aceitar a proposta, considerando-a positiva para o futuro do país. “A Ucrânia está pronta para a paz”, declarou Zelenski. O encontro, realizado em Jeddah, contou com a presença do chefe de gabinete ucraniano, Andrii Iermak, que considerou as conversas como sendo “muito produtivas”.

Embora os detalhes do acordo ainda não tenham sido totalmente revelados, a proposta de cessar-fogo é vista como um passo importante em meio à guerra, com Moscou ainda aguardando mais informações. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se limitou a dizer que não descartam a possibilidade de conversas com os EUA nos próximos dias, mantendo um tom cauteloso.

No entanto, a Ucrânia fez um grande ataque algumas horas antes da reunião, lançando 343 drones contra diversas regiões russas, com foco em Moscou. O ataque causou a morte de três pessoas e evidenciou a pressão militar sobre Kiev, que vê na força uma maneira de se fazer ouvir, principalmente diante da crescente proximidade entre a Casa Branca e Moscou.

A guerra continua a gerar tensões políticas, com perdas territoriais significativas para a Ucrânia, que tenta equilibrar os desafios no campo de batalha com o desejo de avançar nas negociações. As próximas semanas serão cruciais para determinar se o cessar-fogo proposto pode realmente resultar em uma solução para o conflito.

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