A China anunciou nesta quarta-feira (09/04) uma retaliação direta ao aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos, aplicando uma sobretaxa de 84% sobre todos os produtos americanos importados pelo país. A medida é uma resposta ao chamado “tarifaço” do presidente Donald Trump, que elevou drasticamente as taxas sobre importações de cerca de 60 países, com impacto mais severo sobre a China – onde a alíquota saltou de 34% para 104%.
A retaliação chinesa entrará em vigor já na quinta-feira (10/04). Antes da decisão, o governo de Pequim havia prometido “lutar até o fim” contra o que classificou como “chantagem econômica” por parte dos EUA.
Disputa sem trégua
Na terça-feira (08/04), Trump afirmou que mantém negociações com outros países sobre as tarifas, mas descartou qualquer pausa nas medidas. “As nações que sempre se beneficiaram de nós agora estão pedindo para negociar”, declarou o presidente americano.
O Brasil foi incluído na lista de tarifas extras, mas com uma alíquota menor (10%), o que deve ter impacto reduzido em comparação a outros parceiros comerciais, como Índia (26%), Japão (24%) e União Europeia (20%).
A escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo acende o alerta para possíveis efeitos globais, incluindo aumento de preços para consumidores e empresas em ambos os lados do conflito.