O senador norte-americano Ted Cruz trouxe à tona uma questão delicada envolvendo o Secretário de Estado Adjunto, Brian Nichols, relacionada às possíveis sanções dos EUA ao Brasil. Essa controvérsia surgiu em decorrência da decisão do Brasil de permitir que dois navios de guerra iranianos atracassem no porto do Rio de Janeiro em fevereiro.
Na época, os EUA deixaram claro seu descontentamento com essa medida. A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, expressou sua preocupação, destacando que esses navios haviam sido associados a atividades ilícitas e terroristas no passado, inclusive enfrentando sanções da ONU. Ela ressaltou que, embora o Brasil seja um país soberano, os EUA acreditavam fortemente que esses navios não deveriam ser recebidos em qualquer lugar.
As críticas também se estenderam à Casa Branca, com Karine Jean-Pierre, porta-voz do governo, opondo-se à decisão brasileira. Ela enfatizou que o Brasil estava dando as boas-vindas a navios vinculados a um regime que estava reprimindo brutalmente seu próprio povo, fornecendo armas à Rússia para seu conflito na Ucrânia e envolvendo-se em atividades terroristas e na disseminação de armas em escala global.
Na audiência, Cruz lançou luz sobre uma possível incoerência na postura do governo de Joe Biden. Ele lembrou que, no passado, Biden aplicou sanções contra nações ocidentais que violaram leis dos EUA. No entanto, agora parecia que o presidente estava concedendo um tratamento diferenciado ao Brasil, um país que ele descreveu como “um autoproclamado amigo próximo”.
Essa controvérsia levanta questões importantes sobre as políticas internacionais dos EUA e as relações com seus aliados, gerando um debate significativo no cenário político atual.