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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) a segunda fase da Operação Teatro Invisível, que investiga uma organização criminosa suspeita de desviar aproximadamente R$ 3,5 bilhões dos cofres públicos. A ação foi realizada nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Segundo a PF, a nova etapa é baseada em documentos e provas obtidos na primeira fase da operação, deflagrada em setembro do ano passado, quando quatro pessoas foram presas por disseminação de notícias falsas de forma “analógica”. À época, o grupo contratava indivíduos para se infiltrar em locais com grande circulação de pessoas — como pontos de ônibus, padarias, bares e mercados — com o objetivo de espalhar desinformação sobre um candidato à prefeitura.

De acordo com a investigação, atores recebiam até R$ 2 mil para divulgar as informações falsas. Na fase atual, a PF aponta que os investigados destruíram arquivos digitais que poderiam comprometê-los judicialmente.

Ao todo, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão nas cidades de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e Rio de Janeiro, todas no estado do Rio, além de Juiz de Fora, em Minas Gerais. A Justiça também determinou o bloqueio de valores nas contas dos investigados e a suspensão das atividades de oito empresas ligadas ao grupo.

Em nota, a Polícia Federal informou que o esquema envolvia transações ilegais por meio de contas de passagem, uso de dinheiro em espécie, atuação de empresas com ampla movimentação econômica e aquisição de bens de alto valor. Há ainda indícios de que recursos não declarados à Justiça Eleitoral estariam sendo utilizados para financiar candidaturas nas eleições municipais de 2024.

Parte dos investigados é proprietária de empresas acusadas de fraudar processos licitatórios em quatro municípios fluminenses: Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti.

As investigações seguem em andamento. Os suspeitos podem ser condenados a penas que somam até 27 anos de prisão.

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