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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou, nos três primeiros meses de 2025, o maior gasto da história com diárias, passagens e locomoção. Segundo dados do relatório do resultado primário do Tesouro Nacional, as despesas da União somaram R$ 789,1 milhões no período — uma alta real de 29,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

É o maior valor já registrado desde o início da série histórica, em 2011.

A escalada dos custos com viagens expõe uma contradição direta com o discurso oficial de responsabilidade fiscal e contenção de despesas. Em meio a promessas de equilíbrio orçamentário, o governo petista amplia gastos com agendas internacionais, séquitos ministeriais e deslocamentos de alto custo — muitos deles sem retorno prático evidente.

Desde o início do mandato, Lula já passou 98 dias fora do Brasil. Somente em março de 2025, esteve no Japão e no Vietnã, totalizando sete dias de compromissos internacionais. Em abril, viajou ao Vaticano para o funeral do papa Francisco. Neste mês de maio, está em Moscou para participar das celebrações do Dia da Vitória, ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, chegou à Rússia quatro dias antes do presidente.

A maior parte dos gastos está relacionada ao pagamento de diárias: R$ 449,1 milhões entre janeiro e março, uma alta de 26,1% frente ao mesmo período do ano anterior. O valor ultrapassa o recorde anterior, registrado em 2014, no governo Dilma Rousseff, quando os gastos chegaram a R$ 417,5 milhões.

Já as despesas com passagens e locomoção somaram R$ 340 milhões no trimestre — um crescimento de 33,4% na comparação com o ano passado. O aumento acompanha o inchaço da máquina pública: o atual governo ampliou o número de ministérios de 23 para 38, o que multiplicou os custos com viagens e comitivas.

Somados, os gastos com deslocamentos nos primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025 totalizam R$ 2 bilhões — montante 52,1% superior ao registrado no mesmo período durante o governo Bolsonaro, que desembolsou R$ 1,3 bilhão. A maior explosão ocorreu justamente na transição de governos: entre o 1º trimestre de 2022 e o de 2023, os gastos cresceram 85,7%.

Procurado pela reportagem do Poder360, o Ministério da Gestão e Inovação não respondeu aos questionamentos sobre os gastos. O silêncio da pasta reforça o desconforto diante de um cenário em que o governo exige esforço fiscal da população, mas continua agindo como se estivesse em uma diplomacia de alto luxo sem limites.

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