Nesta segunda-feira (10), Gleisi Hoffmann, a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), recebeu lideranças do governo e do PT para um almoço no Palácio do Planalto, com o objetivo de alinhar as prioridades do governo no Congresso Nacional. O encontro, que aconteceu antes da cerimônia de posse de Gleisi, marca o início de sua função como responsável pela articulação política de Lula, substituindo Alexandre Padilha, que assume o Ministério da Saúde.
A primeira missão de Gleisi será garantir a aprovação do Orçamento de 2025, que ainda está em fase de negociação no Congresso. Durante o almoço, a ministra discutiu com os líderes do governo e do PT as expectativas para a votação do orçamento, que será apresentado na próxima semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Participaram do encontro importantes nomes, como o deputado José Guimarães (PT-CE), o senador Jacques Wagner (PT-BA), e o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), além dos líderes do PT na Câmara, Odair Cunha (PT-MG), e no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE).
O encontro é uma continuidade da rotina semanal de reuniões que já acontecia durante a gestão de Padilha e representa a adaptação da nova ministra ao cargo.
Impasse no Orçamento e Expectativas de Votação
A votação do Orçamento de 2025 está sendo dificultada por disputas sobre o pagamento das emendas parlamentares. Com o acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o relator do orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), deve apresentar e votar o texto na CMO na próxima semana. Contudo, ainda existem pontos pendentes de negociação que precisam ser resolvidos, como o programa Pé-de-Meia, que está sendo analisado pelo Tribunal de Contas da União, os recursos destinados ao vale-gás, e a adequação ao cumprimento dos critérios impostos pelo STF para o pagamento das emendas parlamentares.
Esses pontos críticos precisam ser alinhados para que o orçamento possa seguir para a votação final, e a nova ministra Gleisi Hoffmann desempenhará um papel essencial na articulação com o Congresso para garantir a aprovação do texto. O sucesso dessa missão será crucial para a continuidade da agenda do governo Lula, especialmente diante da pressão por aprovação de políticas públicas e o cumprimento das promessas eleitorais.
