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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), tem adotado uma postura cautelosa em relação às investigações do 8 de janeiro e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar das críticas que alguns advogados fazem ao ministro Alexandre de Moraes, ele evita confrontos diretos e descarta apoiar pautas radicais, como o impeachment de ministros.

Ibaneis, que foi afastado do cargo por 64 dias em 2023 sob suspeita de omissão nos ataques golpistas, viu o caso ser arquivado por Moraes no último dia 5 de março. Em entrevista, ele afirmou que compreendeu a decisão do afastamento na época, mas destacou que não havia indícios contra ele.

O governador busca uma vaga no Senado em 2026 e pretende construir uma aliança com o PL de Jair Bolsonaro, mas sem se comprometer com pautas mais ideológicas. “Acho que impeachment de ministro do Supremo só caberia em caso de corrupção”, afirmou.

Ibaneis também comentou a inelegibilidade de Bolsonaro, dizendo que é necessário um nome de centro-direita forte para 2026 e que uma mudança de governo poderia, no futuro, até beneficiar o ex-presidente juridicamente. “Assim como Lula conseguiu anular suas condenações, pode haver uma solução política para Bolsonaro mais adiante”, disse.

O governador ainda se mostrou cético em relação à anistia dos condenados pelo 8 de janeiro e ponderou que uma proposta para reduzir penas teria mais chances de avançar. Ele também defendeu investigações sobre escândalos no Judiciário, mas não necessariamente contra o STF.

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