O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, expressou sua falta de preocupação com a aprovação recente do acordo de delação premiada de Mauro Cid, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma declaração feita nesta segunda-feira (11). Valdemar descreveu a situação como um “efeito bumerangue” que, eventualmente, voltará-se contra o Poder Judiciário. Ele caracterizou as ações judiciais recentes como “brincadeiras que ultrapassaram os limites”.
A frustração de Valdemar remonta à condenação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, alegando abuso de poder político e mau uso dos meios de comunicação durante uma conferência com embaixadores em julho de 2022. Ele também comentou a multa de R$ 22,9 milhões imposta ao PL pelo ministro Alexandre de Moraes em resposta ao pedido do partido para revisar as urnas eletrônicas no segundo turno das eleições de 2022, que Moraes rotulou como litigância de má-fé.
Valdemar abordou o acordo de delação aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo Mauro Cid e criticou o que considerou um excesso por parte do Judiciário, argumentando que as acusações de recebimento ilegal de joias eram exageradas. Ele afirmou que o incidente das joias deveria ser considerado como um presente pessoal, não uma transação ilícita. Valdemar também expressou sua crença de que Bolsonaro tem sido alvo de um tratamento mais rigoroso do que presidentes anteriores, alegando que “eles querem prejudicar Bolsonaro”.
Apesar da perseguição evidente, Valdemar mantém uma visão otimista sobre o futuro político de Bolsonaro, afirmando sua confiança na integridade do ex-presidente e destacando que ele continua sendo uma figura influente na política brasileira. Ele prevê um retorno bem-sucedido de Bolsonaro nas eleições, argumentando que suas recentes derrotas foram, em grande parte, resultado de problemas de comunicação durante a pandemia de coronavírus.
Valdemar reiterou suas posições anteriores após a decisão do TSE em junho, reafirmando sua confiança na capacidade de Bolsonaro de reverter a série de decisões judiciais negativas. Ele enfatizou a crença de que a injustiça atual poderá fortalecer a posição de Bolsonaro como um líder político proeminente, mostrando um otimismo em relação às eleições municipais e gerais no futuro.