O ex-governador do Amazonas, Amazonino Armando Mendes, morreu, neste domingo, 12, em São Paulo, aos 83 anos. O político estava internado desde novembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, com um quadro de pneumonia e diverticulite grave. Ele chegou a receber alta, mas voltou a ser hospitalizado em dezembro. Nós últimos dias, o quadro se agravou com uma infecção pulmonar e Mendes acabou não resistindo.

Um dos políticos de maior expressão no Amazonas, Mendes foi prefeito de Manaus, senador e governador do Amazonas por quatro vezes. Em 2022, concorreu ao cargo de governador, sem sucesso. À época, Amazonino já demonstrava estar debilitado e passou a maior parte da campanha eleitoral, longe dos holofotes.

Nascido em Eirunepé, interior do Amazonas, Mendes era formado em direito e dedicou a maior parte da vida à política, área na qual ingressou em 1983. Amazonino teve como padrinho político o ex-governador Gilberto Mestrinho.

O último mandato de Amazonino à frente do Governo do Amazonas durou 15 meses, entre 2017 e 2018, quando tentou, sem sucesso, a reeleição. 

Trajetória 

Amazonino é lembrado em Manaus como o responsável por grandes obras, como a UEA (Universidade do Estado do Amazonas), feito que o político costumava ressaltar, especialmente durante as campanhas eleitorais.

Amazonino também atuou na urbanização de vários bairros, contribuindo com a expansão de Manaus. Construiu e reformou hospitais e revitalizou a orla da Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos da capital manauara. No interior, atuou em várias áreas essenciais, como a educação, conquistando a preferência do eleitorado durante décadas.

Implantou programas importantes, como o Bolsa Universidade quando foi prefeito. Entre os programas sociais criados por ele estão ainda o Leite do Meu Filho e as Carretas da Mulher.

Amazonino construiu mais de 400 escolas e 173 hospitais e unidades de saúde. Entre as obras, está o Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, conhecido como o Gigante da Zona Leste, levando a alta complexidade para uma das áreas mais populosas de Manaus. 

Promontório lado, foi alvo de denúncias de corrupção, improbidade administrativa e peculato. Ainda assim, costumava dizer que tinha orgulho de nunca ter recebido a polícia federal em sua casa e afirmava nunca ter sido condenado.

Amazonino Mendes foi casado com Tarcila Prado de Negreiros Mendes e pai de Armando Mendes, Lívia Mendes e Cristina Mendes. 

Mandatos 

Durante seus 39 anos de carreira política, Amazonino foi prefeito de Manaus três vezes (1983-1986 / 1993-1994 / 2009-2013), governador do Amazonas quatro vezes (1987-1990 / 1995-1998 / 1999-2003 / 2017-2018) e senador (1991-1992). 

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