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A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou um projeto de lei proposto pelo vereador Diego Afonso (União) que resulta na exclusão de uma área da Área de Proteção Ambiental (APA) Floresta Manaós, permitindo assim a construção de um posto de combustíveis nessa localidade. Segundo Diego Afonso, a zona original da APA já foi completamente alterada em nome do desenvolvimento socioeconômico da região, a ponto de existirem áreas que, na prática, não se enquadram mais nas características de uma APA. Um relatório técnico foi anexado ao projeto para respaldar essa posição, mostrando a situação atual da área e justificando a necessidade de adequação da legislação à realidade vivida pelos habitantes da cidade e da região em análise.

No entanto, o vereador Guedes solicitou a retirada do projeto de pauta, destacando que apenas sete moradores da área haviam concordado com a construção do posto de combustíveis. Ele mencionou um abaixo-assinado anexado ao projeto, que continha oito assinaturas no total, sendo sete a favor e uma contra o empreendimento. Guedes considerou a ocupação da área um claro desrespeito ao meio ambiente e classificou a proposta como perigosa. Ele defendeu que a supressão de uma área verde não deveria ocorrer sem um amplo debate, envolvendo a comunidade e especialistas, especialmente considerando sua posição na Comissão de Meio Ambiente da Câmara.

O vereador William Alemão, que inicialmente apoiou o projeto, passou a se opor a ele. Alemão apontou várias irregularidades na proposta, incluindo o fato de que ela se baseava em um Plano Diretor revogado pela Câmara Municipal de Manaus em 2014. Ele também destacou que o projeto previa ocupações diferentes das permitidas pelo atual Plano Diretor, o qual não poderia ser alterado por meio de uma lei ordinária. Alemão afirmou ainda que o abaixo-assinado que pedia a construção do posto de combustíveis não estava relacionado ao projeto de lei, considerando-o uma combinação estranha de diferentes elementos.

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O vereador Kennedy Marques, presidente da Comissão de Meio Ambiente da CMM, concordou com as afirmações de Rodrigo Guedes e William Alemão, e se posicionou contra a legalização da invasão de uma área ambiental. Ele ressaltou que a invasão de áreas ambientais já era um problema recorrente e concordou com a necessidade de proteção do meio ambiente. Kennedy destacou que apenas a Câmara Municipal poderia alterar o Plano Diretor, que já estava atrasado, considerando a tentativa de mudança absurda.

Apesar das objeções apresentadas, o projeto foi aprovado e agora segue para a sanção do prefeito David Almeida (Avante), com os votos contrários dos vereadores Rodrigo Guedes, William Alemão, Kennedy Marques e Capitão Carpê Andrade (Republicanos).

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