Agentes da Polícia Federal revelaram a emissoras de televisão que as imagens capturadas pelo circuito interno de câmeras do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro foram apagadas. A informação foi divulgada na terça-feira, 28, pela Record TV e pela CNN.

Até o momento, o ministro Flávio Dino autorizou a entrega das imagens provenientes de duas câmeras que registraram a parte frontal do ministério. No entanto, as imagens capturadas pelas câmeras laterais, traseiras e internas do prédio foram apagadas, conforme reportado pelas emissoras.

De acordo com as informações fornecidas pelas emissoras, o Ministério da Justiça teria informado à Polícia Federal que as gravações são armazenadas por um período de até 15 dias no sistema do circuito interno de câmeras e, posteriormente, são descartadas para liberar espaço.

Contudo, outros órgãos localizados na Esplanada dos Ministérios, como o Ministério das Relações Exteriores, optaram por preservar as imagens, considerando a possibilidade de necessidade das gravações para fins de investigação das responsabilidades.

No contexto do Palácio da Justiça, a solicitação das imagens foi feita pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro há aproximadamente um mês. Inicialmente, o ministro Flávio Dino recusou-se a entregá-las, alegando que o compartilhamento das gravações poderia prejudicar as investigações.

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Diante da persistência da CPMI, que cogitou apresentar uma queixa-crime contra Dino, o ministro mencionou que necessitava de autorização de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator dos inquéritos relacionados ao 8 de janeiro. Posteriormente, Moraes autorizou o compartilhamento das imagens.

Em resposta, Dino disponibilizou as imagens das duas câmeras, mas a CPMI reiterou o pedido para que todas as imagens capturadas fossem fornecidas. No entanto, as informações não oficiais indicam agora que as imagens foram apagadas.

Segundo informações da Record, internamente, o Ministério da Justiça comunicou à Polícia Federal, um órgão subordinado à pasta de Dino, que o governo considerou desnecessário armazenar essas imagens, já que não houve invasão ao interior do edifício. O Ministério da Justiça teve duas janelas atingidas, sendo uma por pedra e outra por uma bola de gude.

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