O vereador Gerson D’Angelo, de Manacapuru (AM), foi condenado a dois anos de prisão em regime inicialmente aberto por entrar em uma escola municipal sem máscara, em maio de 2021, durante a pandemia de COVID-19. O município, que registrou um alto número de mortes devido à doença, viu o vereador envolvido em um episódio que resultou em ameaça, desacato, infração de medida sanitária preventiva e exercício arbitrário das próprias razões.
O parlamentar é primo do prefeito de Manacapuru e, na ocasião, ao ser barrado por um agente de portaria, proferiu palavrões e insultos, incluindo a expressão “tomar no cu”. O diretor da escola interveio, e o vereador continuou a dirigir xingamentos ao segurança e aos funcionários da escola.
O diretor, em depoimento à Justiça, descreveu o ocorrido e relatou que Gerson D’Angelo recusou-se a usar máscara, desacatou funcionários públicos e desferiu insultos. O vereador também teria afirmado que a escola estava cedida para a Câmara Municipal, onde as sessões plenárias estavam sendo realizadas devido à cheia do rio Solimões, que inundou o prédio da Câmara.
O diretor, que havia solicitado ao vereador que usasse máscara, acabou afastado do cargo devido à denúncia. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) acionou a Justiça, resultando na condenação do vereador a dois anos de prisão em regime inicialmente aberto. A decisão foi assinada pelo juiz Marco Plazzi Palis e pode ser objeto de recurso.
(*) Informações do portal 18horas