Apesar de ocupar posições estratégicas na Esplanada dos Ministérios, a bancada do PP na Câmara tem manifestado descontentamento com o governo federal, ameaçando impor desafios ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional.

Em setembro, o presidente Lula nomeou o deputado André Fufuca (PP-MA) para liderar o Ministério do Esporte e, neste mês, consolidou a troca na presidência da Caixa Econômica Federal para atender ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Apesar dessas mudanças, membros do PP alegam que a nomeação de Fufuca não resultou em melhorias na relação com o Palácio do Planalto. A bancada enfatiza que permanece independente e que a articulação para a nomeação de Fufuca foi feita sem o aval da bancada.

Segundo integrantes do partido, a pasta do Esporte possui pouca projeção e baixo orçamento, não proporcionando benefícios eleitorais significativos para os parlamentares de olho nas eleições municipais de 2024. Além disso, a troca na presidência da Caixa é vista como um gesto direcionado a Lira, não à sigla como um todo.

A principal queixa dos parlamentares do PP envolve as promessas feitas pelo Executivo, que, segundo eles, não têm sido cumpridas. A demora na liberação de emendas e mudanças em projetos acordados têm desgastado a relação com a bancada, que alega estar “no limite”.

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A menos de um mês para o recesso parlamentar, o governo busca aprovar matérias essenciais para aumentar a arrecadação federal, como a Reforma Tributária e a proposta de subvenção do ICMS. No entanto, a bancada do PP sinaliza que a votação da subvenção do ICMS só ocorrerá após a liberação de emendas, consideradas prioritárias para o Ministério da Fazenda.

Com 51 deputados, o PP tem sido crucial nas votações do governo em 2023, apoiando matérias consideradas prioritárias. No entanto, a insatisfação dos parlamentares pode impactar a celeridade na análise das propostas, evidenciando um descontentamento que extrapola os limites da bancada do PP.

Lideranças do partido afirmam que a decisão sobre votações será tomada caso a caso, e que o PP não será uma base sólida para Lula, como foi em gestões petistas anteriores. Apesar das tensões, a pauta econômica do governo, respaldada pelo ministro Fernando Haddad, pode ser aprovada pelo partido, uma vez que também é do interesse de parlamentares.

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