Em um discurso direcionado aos membros mais radicais e milionários do PT, o ex-ministro Zé Dirceu, figura central no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e envolvido no escândalo do Mensalão, fez críticas contundentes ao seu próprio partido e expressou preocupações com o avanço da direita. Dirceu, condenado a 10 anos de prisão devido às investigações do Mensalão, destacou as fragilidades do PT, incluindo a falta de mobilização e a resistência interna às críticas.

No discurso, Dirceu questionou as razões por trás da falta de debate interno no PT e expressou incerteza sobre se o partido teme a militância, o debate ou a discussão. Ele apontou que discutir assuntos internos tornou-se inconveniente e indesejável dentro da legenda. Dirceu também criticou a falta de governabilidade e organização durante o governo Lula, apontando problemas nos ministérios.

O ex-presidente do PT ressaltou que a legenda deveria concentrar mais atenção na política de juros do Banco Central e em pautas ambientais. Ele classificou as manifestações de 1º de Maio como um fracasso e alertou para o avanço da direita, destacando eleições nos conselhos tutelares como exemplo. “Não vamos tapar o sol com a peneira. Nós não aguentamos o tranco da direita como estamos. E a direita vai nos dar um tranco, nós conhecemos ela”, alertou Dirceu.

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Comentando sobre a dinâmica política atual, Dirceu mencionou as negociações com Arthur Lira, presidente da Câmara, e alertou para os riscos de uma derrota em 2024. “Se nós formos derrotados em 2024, eles vão tomar mais um naco do governo”, acrescentou, enfatizando a necessidade de uma reflexão profunda e mudanças estratégicas dentro do partido.

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