A Polícia Federal (PF) anunciou a instauração de um inquérito para investigar possíveis irregularidades no leilão de arroz importado realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A investigação teve início após a PF receber um ofício da presidência da Conab solicitando a apuração do processo licitatório.
Na última terça-feira, 11, o presidente da Conab, Edegar Pretto, informou que o governo Lula (PT) decidiu anular o leilão público que havia contratado a compra de 263 mil toneladas de arroz. A decisão foi motivada por suspeitas de irregularidades, principalmente pelo fato de que empresas sem histórico no mercado de cereais venceram a disputa.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que em até dez dias o governo terá um novo edital para a importação de arroz. “Estamos trabalhando para garantir a transparência e a regularidade do processo,” afirmou o ministro. Além da PF, a Controladoria-Geral da União (CGU) também abriu uma investigação para apurar as suspeitas de irregularidades no leilão. Ambas as investigações estão sendo conduzidas em sigilo.
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou convites aos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para que esclareçam as suspeitas de fraudes no leilão de arroz realizado pela Conab.
O leilão, que havia arrematado o cereal de quatro empresas por R$ 1,3 bilhão, foi anulado pelo governo devido à desconfiança sobre a capacidade das empresas vencedoras de entregarem o produto. O governo Lula busca assegurar a transparência e a regularidade no processo de aquisição de alimentos, crucial para o abastecimento nacional.
Com as investigações em andamento, a expectativa é que as autoridades possam esclarecer os detalhes das irregularidades e garantir que novos processos licitatórios ocorram de maneira correta e transparente.