USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ -- USD: R$ -- EUR: R$ -- BTC: R$ --

A Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recusou, nesta terça-feira, a solicitação de transferência de controle da distribuidora Amazonas Energia. Simultaneamente, a agência reguladora recomendou ao Ministério de Minas e Energia (MME) a cassação (caducidade) do contrato de concessão, conforme informado pelo Valor Econômico.

A distribuidora, pertencente ao grupo Oliveira Energia, buscou a transferência de controle para regularizar sua situação, uma vez que não conseguia mais assegurar a sustentabilidade econômico-financeira da concessão. Com receita líquida negativa, a empresa enfrenta uma dívida crescente de R$ 9,6 bilhões, considerada em um patamar insustentável.

Durante grande parte do processo, a transferência de controle beneficiaria uma instituição financeira relevante no mercado brasileiro. Essa referência foi feita devido a um contrato de confidencialidade. No entanto, posteriormente, a distribuidora revelou que as negociações estavam em andamento com a Green Energia Ltda.

Além de estar inadimplente com obrigações setoriais, a Amazonas Energia e a empresa interessada não conseguiram comprovar a capacidade financeira do novo controlador para administrar o serviço de distribuição em 62 municípios do Amazonas.

A relatora do processo, diretora da Aneel Agnes da Costa, destacou que, devido à localização em região de floresta e atendimento a comunidades isoladas, a concessão sempre enfrentou desafios específicos. Diante disso, historicamente, foram necessários comandos legislativos excepcionais para garantir a sustentabilidade.

Leia também!  TCE-AM reprova contas do FUMIPEQ e aplica multas a ex-gestores

O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, classificou a caducidade como a “única decisão a ser tomada” para o caso. Ele ressaltou que a companhia teve todas as oportunidades possíveis para realizar a troca de controle.

A distribuidora do Estado do Amazonas foi federalizada em 2001, transferida para a Eletronorte, subsidiária do então grupo estatal Eletrobras. Em 2016, não participou da renovação do contrato por mais 30 anos, buscando devolver a concessão ao poder público e escolher um novo controlador por meio de relicitação.

Em novembro de 2018, o Consórcio Oliveira Energia ofereceu zero para assumir a concessão, com novo contrato. Para atrair interessados, o governo ofereceu flexibilidade no reconhecimento de custos operacionais e garantiu acesso a R$ 1,93 bilhão do fundo setorial RGR nos últimos anos.

Além disso, a empresa contou com a manutenção dos valores de reembolso do fundo CCC, que garante subsídios ao atendimento de sistemas isolados, até abril de 2024, após assinar contrato em 2019.

Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

PUBLICIDADE
Compartilhar.