A Câmara Municipal de Humaitá, no Amazonas, planeja investir R$ 2 milhões na construção de sua nova sede, de acordo com o edital de contratação divulgado no Diário Oficial Eletrônico dos Municípios. A obra será adjudicada à empresa que apresentar a proposta de menor preço global, com prazo de execução de 270 dias, podendo ser prorrogado por um ano. Os recursos para o projeto serão provenientes da dotação orçamentária da própria Casa Legislativa, e a empresa vencedora receberá aproximadamente R$ 2.7 milhões.
Humaitá é uma cidade com uma população de 57.473 mil pessoas e possui um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 13.907,15, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A mortalidade infantil na região é de 13,18 óbitos para cada mil habitantes nascidos vivos, um aumento em relação a 2018, quando era de 8,95 óbitos por mil nascidos vivos.
O município foi notificado recentemente pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) devido à intenção do prefeito José Cidenei (PSC) de construir uma escola nas proximidades de uma unidade prisional. O MP-AM abriu um procedimento de investigação para analisar o processo de doação do terreno pela prefeitura e possível contratação indevida na locação do imóvel. A prefeitura afirmou não ter emitido qualquer Alvará de Construção para a obra, mas informações sobre a locação do prédio solicitadas pelo MP-AM não foram atendidas.
Além disso, o prefeito é alvo de suspeitas de crimes ambientais ocorridos em outubro de 2021, na região do Ramal do Uchir, próximo ao Rio Been, onde diversas casas estão localizadas. A Justiça determinou que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas faça uma inspeção ambiental em até 60 dias para apurar as infrações ambientais relacionadas ao desmatamento de área que, segundo a denúncia, foi realizado sem autorização ou licença competente. O prefeito, o vice-prefeito e um vereador também estão envolvidos nas acusações de ilícitos ambientais.