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Os amazonenses sentiram no bolso a maior alta de preços da gasolina, etanol e diesel do norte do país, em janeiro. A subida inesperada ocorreu em todo o país, logo na virada do ano, mas teve maior impacto no Amazonas, com alta de 4,51% da gasolina, 2,13% do etanol e 1,07% do diesel S-10. Os dados fazem parte do levantamento do Índice de Preços Ticket Logo (IPTL).

No estado, o preço médio da gasolina saiu de R$ 4,857 para R$ 5,076, entre dezembro e janeiro. Já o etanol subiu de R$ 3,949 para R$ 4,033, enquanto o Diesel S-10 saltou de R$ 6,899 para R$ 6,973.

A escala de preços continua em janeiro. A partir desta quarta-feira (25), novos valores serão praticados nos postos depois do anúncio de reajuste da Petrobras, feito hoje. A estatal informou que o preço médio de venda da gasolina A vai passar de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro.

As altas sucessivas preocupam economistas e devem trazer impactos negativos para a inflação no primeiro mês do governo Lula. Mas é o consumidor quem está mais preocupado.

Microempresário do bairro Armando Mendes, na zona leste de Manaus, Nilton Cézar, 50, tem deixado o carro em casa para tentar economizar. Ele considera que os preços também subiram em virtude de impasses sobre o fim da isenção do ICMS (Imposto sobre Mercadoria e Serviços), que foi reduzida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro enquanto tentava a reeleição.

“Minha alternativa tem sido deixar o carro na garagem e sair de moto, porque assim consigo gastar menos. Acho que tem muita especulação. O governo disse que ia aumentar, aí os empresários foram lá e subiram”, disse.

A revogação da medida que isentou o tributo sobre os combustíveis chegou a ser cogitada pelo Ministério da Fazenda, mas foi vetada pelo presidente Lula. Ainda assim, os postos subiram os preços na ponta, mesmo sem novos valores da Petrobras. A prática está sendo investigada pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor.

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Segundo o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não houve razões objetivas para o reajuste de preços feito pelos postos, em janeiro. Ele disse que determinou ao secretário Nacional do Direito do Consumidor que apurasse o assunto.

“Não houve aumento na Petrobras e não há base empírica para que haja essa descoordenação em relação a preços”, afirmou.

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