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A indicação para o novo ministro não surpreende. Múcio era um dos principais cotados para a Defesa em razão de seu perfil articulador e do bom trânsito nas Forças Armadas. Ele assumirá o lugar de Paulo Sérgio Nogueira e se tornará o primeiro civil a chefiar a pasta desde Raul Jungmann, no governo de Michel Temer (MDB).

Natural de Recife (PE), Múcio nasceu em 25 de setembro de 1948 e se formou em engenharia civil pela Escola Politécnica de Pernambuco. Foi vice-prefeito de Rio Formoso e eleito prefeito do mesmo município, mas abandonou o cargo para assumir a presidência da então estatal Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). Saiu, em seguida, para ser secretário dos Transportes, Comunicação e Energia do estado.

O primeiro dos cinco mandatos como congressista teve início em 1991, quando o político era filiado ao PFL. Ele seguiu por lá por mais duas candidaturas até partir para o PSDB e, depois, para o PTB.

Como ministro do TCU, Múcio foi um dos que votou pela reprovação das contas de 2014 da então presidente Dilma Rousseff (PT). À época, disse em entrevista ao “Estadão” que não foi uma decisão fácil. “Mas foi tratada com voto calcado no relatório de 14 técnicos do tribunal, que se debruçaram sobre isso durante um ano. De maneira que não é um voto político, mas um voto técnico”. No ano seguinte, como relator da matéria, o ministro recomendou novamente a rejeição das contas da ex-presidente.

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