Varridos pela onda de renovação da eleição de 2018, caciques políticos de diferentes estados e partidos ensaiam um retorno no ano que vem. Boa parte dos caciques estuda dar um passo atrás em relação a postos ocupados recentemente e se prepara para concorrer a deputado federal.
Entre os nomes estão ex-governadores como Roseana Sarney (MDB-MA), Fernando Pimentel (PT-MG) e Beto Richa (PSDB-PR), o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) e o ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
Senador entre 2011 e 2018 e presidente da Casa nos dois últimos anos de mandato, Eunício atribui a sua derrota a uma ação dos irmãos Ciro e Cid Gomes, adversários dele.
Os eleitos foram Cid, ex-governador, e Eduardo Girão, que defendeu o combate ao aborto e à ideologia de gênero.
Eunício enfrentou desgaste pelo inquérito baseado em delação da Odebrecht que o acusava de receber R$ 2,1 milhões em propina, caso arquivado em 2020.
Ele cogita disputar governo ou Câmara. Para unir opositores da família Gomes, cogita até aliança com o deputado Capitão Wagner (PROS), apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Eunício é próximo ao ex-presidente Lula.
“Se for candidato à Câmara, vou liderar a oposição no Ceará contra o Ciro”.
Integrante de uma dos clãs mais influentes na política, Roseana foi governadora do Maranhão por quatro mandatos, senadora por um e agora quer voltar a ser deputada, cargo que ocupou há 30 anos.
Após renunciar ao governo em 2014 alegando problemas de saúde, a filha do ex-presidente José Sarney chegou a anunciar aposentaria da política.
“Gostei muito de ser deputada. Foi uma honra representar meu estado e quero voltar”, diz Roseana.
Afetado pelo desgaste do PT e ascensão do bolsonarismo no Rio, Lindbergh ficou em quarto na corrida ao Senado em 2018. Dois anos depois, elegeu-se vereador na capital e agora quer voltar à Câmara dos Deputados.
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Foto: Agência Brasil