Nesta manhã (20), Mauro Lúcio Mansur da Silva e Jose Paulo de Azevedo Sodré Neto, os proprietários da Tumpex, uma empresa concessionária de coleta de lixo em Manaus, foram presos pela operação Entulho da Polícia Federal (PF). Advogados que acompanham clientes na ação confirmaram essa informação, mas os nomes dos demais investigados ainda não foram revelados, seguindo o procedimento padrão da corporação.

A investigação da Polícia Federal tem como objetivo obter provas relacionadas às práticas fraudulentas utilizadas para ocultar casos de sonegação fiscal, emissão de notas fiscais falsas e lavagem de dinheiro. A operação visa apurar indícios encontrados durante as investigações de diversos crimes, como sonegação fiscal, formação de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa. A ação envolve diversos órgãos, que trabalham em conjunto para esclarecer os fatos e reunir evidências substanciais para os casos em questão.

A investigação

As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresas que atuam no ramo de coleta de lixo e limpeza pública comercializaram com empresas de fachadas, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços “frias”.

Leia também!  TCE-AM participa da abertura do Encontro Nacional de Corregedores e Fórum Fundiário Nacional

No âmbito da operação Entulho já foram identificados, até o momento, a participação de 31 empresas de fachada, escritório de contabilidade, além de seus respectivos sócios e empregados das empresas de coleta de lixo e limpeza pública.

Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos calendário de 2016 e 2021, no valor total de R$ 245 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 100 milhões entre tributos federais, desconsiderando-se multa e juros, posto que tais transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal, especializada no julgamento de crimes de lavagem de capitais, contra o sistema financeiro e cometidos por organizações criminosas os 13 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão.

Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

PUBLICIDADE
Compartilhar.