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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (12) que precisou começar a governar antes de tomar posse porque o “genocida depois que perdeu as eleições se trancou dentro de casa”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O chefe do Executivo fez duras críticas a Bolsonaro e o chamou de “genocida”, “brutamonte” e disse que seu adversário tem “desequilíbrio mental”.

“É a primeira vez na história do Brasil que um presidente começa a governar antes de tomar posse, é uma coisa inédita. Ou seja, eu não tinha nem tomado posse e 30 dias antes já estava governando esse país, discutindo PEC, porque o genocida depois que perdeu as eleições se trancou dentro de casa”, afirmou.

O discurso vai na contramão do que Lula disse logo após vencer o pleito, quando pregou a pacificação com o eleitorado que votou em Bolsonaro.

Lula recebeu, pela primeira vez, jornalistas na manhã desta quarta-feira. Mas, ao final do encontro, apenas cinco veículos puderam perguntar, e a Folha não fez parte do grupo.

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No encontro, ele disse que a “única coisa que não queria era” que Bolsonaro passasse a faixa para ele.

O chefe do Executivo não fez referência a viagem de Bolsonaro, que deixou o país antes do final do mandato e foi para Orlando (EUA), a fim de evitar passar a faixa ao petista, em um sinal de desprezo ao rito democrático.

O ex-mandatário foi em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), após fazer uma live de despedida e não mencionar a viagem.

É praxe que o presidente que deixa o poder passe para o sucessor a faixa presidencial.

Texto: Matheus Teixeira, Marianna Holanda e Renato Machado (FolhaPress)

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