O Ministério da Igualdade Racial, liderado por Anielle Franco, alocou aproximadamente metade de sua verba discricionária de 2023, equivalente a cerca de R$ 6,1 milhões, para financiar viagens de assessores e dirigentes. Deste montante, aproximadamente R$ 1,78 milhão está destinado a viagens internacionais, de acordo com informações do jornal Estadão.
Essa alocação de recursos foi revelada após uma controvérsia envolvendo a ministra Anielle, que utilizou um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para assistir à final da Copa do Brasil em São Paulo. Durante sua visita, ela assinou um “protocolo de intenções” relacionado à luta contra o racismo no esporte.
Além disso, a chefe da Assessoria Especial do ministério, Marcelle Decothé, foi demitida recentemente devido a comentários racialmente ofensivos postados em sua conta no Instagram. Durante seu mandato, Decothé realizou 19 viagens, resultando em despesas de R$ 130,5 mil em diárias e passagens.
De acordo com informações obtidas pelo Estadão por meio do sistema Siga Brasil do Senado Federal, o orçamento formal do ministério para 2023 é de R$ 109,9 milhões, dos quais apenas R$ 20,8 milhões foram alocados até o momento. A maior parte desses gastos está relacionada à operação diária do ministério, como aquisição de equipamentos e manutenção de instalações.