O senador Sergio Moro (União-PR) apresentou um requerimento à Comissão de Relações Exteriores do Senado para ouvir Maria Corina Machado, coordenadora nacional da Frente Venezuelana e líder da oposição ao ditador Nicolás Maduro. O requerimento foi protocolado em 2 de maio, e nesta terça-feira, 30, Moro fez uma publicação no Twitter, informando sobre o convite.

“Requeremos a realização de audiência de Maria Corina Machado, candidata à presidente na Venezuela e opositora do ditador Maduro, para expor sobre as violações a direitos humanos naquele país e acabar com as falsas narrativas”, escreveu, ao compartilhar o requerimento.

https://twitter.com/SF_Moro/status/1663482475102838784?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1663482475102838784%7Ctwgr%5E76afcf2cdfab26c02b0bc5241cf24fb761810cc4%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Frevistaoeste.com%2Fpolitica%2Fmoro-quer-audiencia-com-lider-da-oposicao-a-maduro-para-falar-sobre-violacoes%2F

Moro foi um dos parlamentares que criticaram com veemência a vinda de Maduro ao Brasil e a recepção calorosa dispensada pelo presidente Lula ao ditador. “Maduro não foi recebido pelo Lula; ele foi, sem qualquer pudor, elogiado e festejado pelo atual Presidente. O Brasil se meteu em uma grande enrascada”, escreveu em outra postagem, feita na segunda-feira 29.

No requerimento, o senador cita relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado em setembro de 2022, sobre a perseguição do governo de Maduro aos opositores e a possível prática de crimes contra a humanidade. “Nesse contexto, o Senado não pode se furtar a ouvir e debater esse tema de relevante importância para América Latina. É papel da nossa nação, forjada na democracia e na defesa das liberdades individuais, promover e garantir os instrumentos necessários para consolidação desses valores”, justificou Moro.

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O requerimento ainda não foi votado na Comissão.

Líder da oposição, Maria Corina Machado é fundadora e coordenadora nacional da Frente Venezuelana, que congrega a oposição a Maduro. Foi deputada entre 2011 e 2014 e teve o mandato cassado de forma arbitrária pela presidência da Assembleia Nacional. Junto com outros integrantes da oposição venezuelana, foi acusada de conspiração por participar do movimento que levou à condenação do governo de Hugo Chávez por grupos de defesa dos direitos humanos.

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