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O grupo Prerrogativas, integrado por juristas, advogados e defensores públicos, pretende acionar a Justiça para obrigar o Ministério da Defesa, comandado por José Múcio, a retirar os acampamentos golpistas da frente dos quartéis-generais do Exército.

Os atos antidemocráticos, que pediam um golpe militar para manter o então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, tiveram diferentes casos de violência que incluíram ato de terrorismo, depredações, agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio.

Ao tomar posse, no entanto, Múcio definiu as manifestações como “manifestação da democracia”.
“Na hora que o ex-presidente [Jair Bolsonaro] entregou o seu cargo, saiu [do país], e o [ex-vice-presidente Hamilton] Mourão fez o pronunciamento e pediu que as pessoas voltassem aos seus lares. Aquelas manifestações no acampamento, e eu digo com muita autoridade porque tenho familiares e amigos lá, é uma manifestação da democracia”, disse ele a jornalistas.

O ministro afirmou ainda acreditar que os atos devem perder apoio aos poucos, sem repressão.
As declarações incomodaram profissionais do Direito, em especial os que estão organizados em torno do Prerrogativas.

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Advogados defende que atos golpistas não serão tolerados em novo Governo

Eles acreditam que atos que pedem golpe militar não podem ser tolerados no governo de Lula (PT).

O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que respeita e admira o ministro Múcio, mas diz achar “inaceitável que as manifestações antidemocráticas não tenham sido duramente repreendidas”.

“O governo precisa ter ações enérgicas e pedagógicas. As pessoas que estão ali não estão protestando por direitos ou contra a fome no país. Elas estão incitando o ódio, numa tentativa clara de estimular um golpe militar, o que é intolerável”, diz ele.

Conhecido pelo perfil discreto e conciliador, Múcio foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo com o objetivo de desfazer crises e conduzir a intricada transição da pasta.

Texto: Mônica Bergamo (FolhaPress)

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