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O projeto de decreto legislativo 1/2023, sobre a intervenção na segurança do Distrito Federal, foi aprovado simbolicamente – sem votação nominal – na Câmara dos Deputados e no Senado.

Apesar disso, dois dos 11 parlamentares do Amazonas fizeram declaração de voto contrário à medida do presidente da República, Lula da Silva (PT).

Os votos contrários, mesmo que não tenham efeito para fins de quórum legislativo, vieram do deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) e do senador Plínio Valério (PSDB).

O ato presidencial 14/2023, submetido à apreciação do Congresso Nacional, diz o seguinte:

“Decreta intervenção no Distrito Federal com o objetivo de pôr termo ao grave comprometimento da ordem pública”.

A medida foi em decorrência das ações criminosas e terroristas que aconteceram no último domingo (8), quando milhares de vândalos depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Vinte e quatro horas depois, as duas casas legislativas, obedecendo o rito constitucional, tiveram que deliberar sobre o decreto de intervenção, que foi aprovado sem qualquer resistência.

No entanto, os deputados e senadores têm prerrogativas regimentais para se manifestar de forma contrária à decisão da maioria.

Assim fizeram o Capitão Alberto Neto e o senador Plínio Valério. Já os deputados Delegado Pablo (União Brasil) e Silas Câmara (Republicanos), aliados de primeira hora do ex-presidente Bolsonaro, nada disseram. Nem sim, nem não.

Cooperação x intervenção

Na última segunda-feira (9), quando houve a votação simbólica na Câmara, Alberto Neto declarou ao BNC Amazonas:

Fui contrário à intervenção federal, no Distrito Federal, porque não há necessidade desse ato, visto que as forças de segurança do DF podem muito bem fazer uma cooperação com o governo federal, não uma intervenção. E essa cooperação tem condições de restabelecer a ordem pública.

Conforme o deputado do partido de Bolsonaro, é preciso apoiar sempre as manifestações pacificas. “As violentas não podem ter o nosso apoio e as forças de segurança têm que agir rapidamente”.

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Ato inconstitucional

Sem comparecer à sessão presencial desta terça-feira, Valério foi um dos oito senadores que votaram contra a intervenção na segurança do Distrito Federal.

Nas redes sociais, o tucano amazonense e apoiador de Bolsonaro, disse que manifestou voto contrário porque o ato de intervir no DF é inconstitucional.

De acordo com ele, o governo Lula não ouviu os conselhos da República nem da Defesa.

O senador do Amazonas disse ainda que é contra qualquer tipo de violência e que bandido deve ser tratado como tal e merece cadeia.

“Bandidos na cadeia”

No entanto, saiu em defesa dos cerca de 1.200 presos, em Brasília, que estão sob custódia da Polícia Federal. Disse que “são pessoas inocentes e devem ser liberadas”.

Os presos eram os ocupantes do quartel-general do Exército, que estavam acampados desde o resultado das eleições, e foram desmobilizados por determinação do Supremo Tribunal Federal.

Valério dá explicações:

https://twitter.com/PlinioValerio45/status/1612834359274516483?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1612834359274516483%7Ctwgr%5E19ba705caceece1838a41cbc3c1d0bd9fa0ec13e%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fbncamazonas.com.br%2Fpoder%2Fplinio-valerio-e-alberto-neto-votos-do-amazonas-contra-intervencao-no-df%2F

(*) Com informações BNC

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