Uma reportagem publicada pelo jornal Estadão aponta que desde janeiro deste ano, cinco mulheres de ministros do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram nomeadas para cargos na administração pública federal em Brasília ou indicadas para tribunais de contas estaduais.

Um dos casos mais evidentes é o da enfermeira Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Aline Peixoto foi indicada para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia após seu marido assumir o cargo no ministério. No entanto, essa indicação gerou insatisfação entre aliados próximos do ministro da Casa Civil.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), um aliado de primeira hora de Lula, afirmou que a vaga deveria ser preenchida por um parlamentar, causando ainda mais controvérsia. Outra esposa de um ministro que foi nomeada para um cargo público foi Rejane Dias, esposa do ministro Wellington Dias, responsável pela pasta de Desenvolvimento Social. Rejane Dias assumiu uma vaga no Tribunal de Contas do Estado do Piauí.

Essas indicações levantam questões sobre o nepotismo na administração pública e geram divergências entre aliados próximos do lulopetismo. As nomeações das esposas dos ministros do governo também geram insatisfação entre os parlamentares, que questionam a escolha de “prediletos” para cargos públicos.

Em nota, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República alega usar critérios de qualificação profissional para nomear as esposas dos ministros no Executivo. “Todas as mulheres citadas pelo Estadão têm carreiras pessoais, currículo, histórico e experiência no setor público para assumirem as funções as quais foram designadas. Não se trata, portanto, de favorecimento ou troca de favores”, externou a pasta.

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