O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) formalizou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando o afastamento “imediato” do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A fundamentação para essa solicitação baseia-se na alegação de que Dino deveria ser investigado por crimes de responsabilidade, prevaricação e “condescendência criminosa”.

A origem desse pedido surge após a divulgação de que a esposa de um dos líderes do Comando Vermelho esteve na sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Em maio, Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “Dama do Tráfico Amazonense”, teve encontros com assessores da pasta.

No documento encaminhado à PGR, Flávio Bolsonaro acusa Dino de manter uma “agenda paralela e oculta” para se encontrar com “criminosos”, argumentando que tal prática viola os princípios da publicidade e da transparência.

A representação para a investigação do ministro foi entregue à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos. O senador reforça no texto que “o ministro da Justiça e Segurança Pública atua como elo na intermediação entre os traficantes e criminosos e a pasta do governo Lula”.

Flávio Bolsonaro destaca que, nesse cenário, em que o Ministério da Justiça oculta agendas, é possível que ocorram tratativas obscuras, favorecendo acordos ilegais contrários ao interesse público.

No Twitter, Flávio argumenta ser impossível que a “inteligência” do Ministério da Justiça não conhecesse a identidade de Luciane Barbosa Farias, a “Dama do Tráfico”, casada há 11 anos com o traficante Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, atualmente detido desde o final do ano passado.

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