O governo de Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu mandato com um aumento de 2,8% nos gastos com pessoal e encargos sociais da União em 2023, segundo o Relatório do Tesouro Nacional. Esse crescimento marca uma reversão em relação aos quatro anos anteriores sob a administração de Jair Bolsonaro, que apresentaram uma redução de 10,5% nesse setor.

A tendência de aumento nas despesas com o funcionalismo público remonta aos primeiros mandatos de Lula, onde os gastos registraram aumentos expressivos de 9,1% e 30,8%. Essa trajetória ascendente já era observada desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, que viu um aumento de 23,5% nessas despesas.

Dilma Rousseff, agora presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, também continuou a aumentar os gastos com funcionários públicos durante seus dois mandatos, com acréscimos de 4% e 5,5%, respectivamente. Mesmo após o impeachment de Rousseff em 2016, essa tendência se manteve no governo de Michel Temer.

Lula justificou o aumento dos gastos como uma estratégia para melhorar o serviço público, ressaltando a importância do elemento humano na prestação de serviços, mesmo na era digital.

Atualmente, as despesas com pessoal e encargos sociais representam mais de 17% do total de gastos da União. Com a discussão sobre uma reforma administrativa em andamento na Câmara dos Deputados, o PT se posicionou contra a medida, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira, sugere que o governo deverá engajar-se no debate até o final do ano.

Para 2024, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, indicou que qualquer reajuste salarial para funcionários públicos dependerá de um “excesso” na arrecadação. Enquanto isso, entidades pleiteiam um aumento de até 34,3% em três parcelas, contrastando com a proposta do governo de um ajuste de 9% em duas parcelas para os anos de 2025 e 2026.

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