Em uma revelação que surpreendeu absolutamente ninguém, os vereadores da cidade repentinamente descobriram a beleza das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) como uma ferramenta mágica para garantir alguns aplausos eleitorais. Ah, como é revigorante testemunhar a sagacidade repentina desses nobres representantes, que aparentemente passaram os últimos três anos esquivando-se de problemas como mestres da arte da evasão.
Veja bem, durante todo esse tempo, enquanto a cidade enfrentava desafios monumentais, esses luminosos vereadores encontraram inspiração para manifestar sua paixão pela procrastinação política. Mas, claro, agora que as eleições estão batendo à porta como um credor impaciente, eis que surge a epifania: “CPIs! É isso! O santo Graal do populismo político!”
Deixe-me contar uma história, meus caros leitores. Há um ano, quando os problemas no transporte público estavam fervilhando, apenas um punhado de corajosos guerreiros (ou vereadores, como preferem ser chamados) se apresentaram para enfrentar o desafio. Mas espere, não é que esses mesmos heróis estão agora liderando a carga pela enésima CPI? Que reviravolta impressionante!
Sim, desde então, CPIs viraram a nova coqueluche do momento. Primeiro foi o “CPI do Fundeb”, uma tentativa valente de desviar a atenção do público da própria incompetência com uma boa dose de teatro político. Agora, preparem-se para a “CPI da Semcom”, uma produção da temporada que promete drama, suspense e uma pitada de corrupção para apimentar a trama.
Ah, como é reconfortante ver nossos queridos representantes políticos encontrando seu caminho para o palco das CPIs. Não é como se tivessem coisas mais importantes para fazer, como, sei lá, governar a cidade de maneira competente durante os últimos três anos.
Mas não se preocupe, cidadão. Nossos nobres vereadores finalmente viram a luz no fim do túnel e, com essa nova paixão pela CPI, certamente resolverão todos os problemas da cidade em apenas alguns meses. Afinal, não há nada como um bom truque político para distrair o público e garantir alguns votos extras, não é mesmo?
Ah, a política. Sempre nos fornecendo entretenimento de alta qualidade, mesmo que às custas do desenvolvimento da cidade. Mas ei, pelo menos teremos um espetáculo eleitoral para nos distrair enquanto a cidade continua sua saga épica de problemas não resolvidos. Que alívio!
