Por horabrasilia

Edwin Santos, cofundador do partido de oposição venezuelano Voluntad Popular e figura de liderança em El Nula, no estado de Apure, foi encontrado morto na sexta-feira. De acordo com informações do partido, Santos foi assassinado após ser detido por agentes do Serviço Nacional Bolivariano de Inteligência (Sebin), o serviço de inteligência do governo da Venezuela.

A última vez que Santos foi visto com vida foi na quarta-feira, quando dirigia sua motocicleta. Segundo colegas de partido e políticos da oposição, ele havia se tornado alvo do regime de Nicolás Maduro, desaparecendo após ser detido pelas forças de segurança. A descoberta de seu corpo próximo a uma estrada entre El Nula e El Piñal, no estado de Táchira, intensificou as acusações de abuso por parte do governo venezuelano.

Em nota, o Ministério da Comunicação e o Ministério Público da Venezuela não responderam aos pedidos de comentários.

O líder oposicionista César Pérez Vivas, da ConVzla, lamentou a morte de Santos, declarando: “Recebo a triste notícia de que Edwin Santos, líder da oposição democrática em El Nula, foi assassinado. Ele é mais uma vítima do ódio e da intolerância que dominam o nosso país.”

A Voluntad Popular, partido de Santos, também confirmou o caso, e Sergio Vergara, deputado e membro da direção nacional do partido, classificou o incidente como um “assassinato pela ditadura de Maduro”. “É inacreditável, mas é a realidade: a ditadura é assassina”, afirmou Vergara, ressaltando o impacto da perda para a comunidade de El Nula, onde Santos desempenhava um papel importante.

Nas redes sociais, imagens circulam mostrando o corpo de Santos caído próximo a uma motocicleta, intensificando as especulações sobre as circunstâncias de sua morte. O líder exilado da Voluntad Popular, Leopoldo López, também manifestou indignação, afirmando que Santos foi “sequestrado, torturado e assassinado pelos serviços de segurança” do governo venezuelano.

Edwin Santos vinha se destacando na região por seu trabalho junto à comunidade e recentemente estava envolvido em discussões sobre os danos estruturais causados por uma ponte local. Sua morte se soma a uma série de denúncias de repressão e perseguição política na Venezuela, levantando preocupações entre organismos internacionais e ativistas dos direitos humanos.

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