Segundo o jornal O Globo, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, procurou o governo brasileiro para solicitar uma conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo fontes brasileiras. Embora o horário do contato ainda não esteja definido, espera-se que a ligação ocorra nesta quinta-feira.

A tentativa de diálogo entre Lula e Maduro quase ocorreu na quarta-feira, mas a agenda lotada do presidente brasileiro impediu o contato. Nesse mesmo dia, Maduro conversou com líderes regionais, incluindo o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que recentemente fez críticas ao processo eleitoral na Venezuela.

Em um comunicado oficial, enquanto Brasil, Colômbia e México buscam consenso para uma nota conjunta, Petro expressou preocupação com as “graves dúvidas sobre o processo eleitoral venezuelano”, alertando para o risco de “uma profunda polarização violenta”. Ele ressaltou a necessidade de “atuar com prudência” diante da situação: “A região está se desestabilizando”, alertou Petro.

Em resposta, durante uma coletiva em Caracas, Maduro elogiou o diálogo com Petro após a conversa telefônica:

“Tenho um bom nível de diálogo com o presidente Petro… tive a oportunidade de explicar muitas coisas”.

Maduro destacou que “ele [Petro] sabe que nós temos a vontade e a decisão de que a Venezuela triunfe na paz. A paz na Venezuela é a garantia de que a Colômbia faça sua paz”. Ainda na coletiva, Maduro comentou sobre as relações com os Estados Unidos:

“Se os Estados Unidos estão dispostos a respeitar a soberania e deixar de ameaçar, podemos retomar o diálogo”.

Os governos da Colômbia e do Brasil aguardam que Maduro apresente as atas de votação que confirmem sua vitória nas eleições do último domingo. Enquanto o Palácio Miraflores promete entregar as atas, busca também assegurar que países como o Brasil e a Colômbia não se juntem às denúncias de suposta fraude promovidas pela oposição.

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