Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) desencadeou uma operação para investigar alegações de rastreamento ilegal de celulares pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com Caio Cesar dos Santos Cruz, filho do general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz, entre os alvos.

De acordo com informações do jornal O Globo, Caio Cesar é apontado como representante da empresa que forneceu o sistema à Abin. Ele foi sujeito a um dos mandados de busca e apreensão emitidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A operação envolveu 25 mandados de busca e apreensão e 2 de prisão preventiva em quatro estados: São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

O software em questão, chamado FirstMile e desenvolvido pela empresa Cognyte, foi adquirido pela Abin durante a gestão de Michel Temer por R$ 5,7 milhões, sem licitação. Esse programa permitia à agência de inteligência rastrear a localização aproximada de dispositivos móveis que utilizam redes 2G, 3G e 4G.

A investigação da Polícia Federal apura o suposto uso inadequado do sistema de rastreamento por servidores da Abin entre 2019 e 2021. Segundo as informações coletadas, esses servidores teriam invadido repetidamente a rede de telefonia utilizando um sistema de geolocalização adquirido com recursos públicos.

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