O número de operações especiais da Controladoria-Geral da União (CGU) para o combate à corrupção apresentou uma queda significativa em 2023 e 2024, sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo dados divulgados pelo jornal O Globo, a média anual de operações caiu para 37 em 2023 e para 33 até outubro de 2024, uma redução marcante em relação à média anual de 66 operações durante a gestão de Jair Bolsonaro. Este é o menor número registrado desde o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, quando a CGU participou de apenas 32 operações.

O auge das operações da CGU ocorreu em 2020, com 96 ações, durante o período crítico da pandemia de Covid-19, seguido por 64 operações em 2021. Naquele período, a fiscalização se intensificou para monitorar o uso dos recursos emergenciais destinados ao combate à pandemia.

Essa redução nas operações nos últimos anos coincide com mudanças estruturais dentro da CGU. Em 2023, o órgão passou por uma reestruturação que extinguiu a Secretaria de Combate à Corrupção, cujas funções foram incorporadas pela Secretaria Federal de Controle Interno. Analistas apontam que essa mudança pode ter impactado o número de operações realizadas.

A diminuição das operações levanta questionamentos sobre a efetividade atual do combate à corrupção, especialmente em um governo sob pressão por maior transparência e rigor na gestão de recursos públicos.

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