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“Não subestime o BNDES. Se o banco fosse uma empresa listada, a gente diria em um termo de mercado, não shorteia [o termo vem da palavra short de origem no inglês, para designar operações de compra e venda de ativos no mercado de capitais] a nossa ação, porque todas as vezes que de alguma forma eu ou qualquer pessoa do banco, funcionário, conselheiro subestimou o banco, a gente errou. O banco surpreendeu e surpreendeu para cima”, apontou durante a abertura do encontro BNDES Day, promovido pela instituição e pelo Ministério da Economia, na sede do banco, no centro do Rio.

Ainda na abertura, Montezano disse esperar que, ao fim dos dois dias de BNDES Day, a instituição seja um banco mais aberto e focado no desenvolvimento multidimensional. “O objetivo principal deste nosso evento é fazer o nosso BNDES cada vez mais aberto. O BNDES aberto traduz muito do que a gente enxerga como filosofia para um banco de desenvolvimento”, disse, acrescentando que o mundo vai continuar mudando muito rápido e ter um banco integrado com a sociedade criando inovações, abrindo mercado e trabalhando com parceiros é algo primordial para a instituição e para o Brasil.

Segundo o presidente, basear o desenvolvimento apenas na dimensão financeira foi útil durante determinada época, mas que isso já ficou para trás. “Esse BNDES tem que estar pensando na quantidade de pessoas com conexão no saneamento, em população brasileira com acesso à banda larga, escolas adequadamente capacitadas, informação de IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] de municípios em vários rincões do Brasil”, apontou.

Sem mencionar os valores, o presidente disse que o banco atualmente tem “a maior carteira de concessão do planeta em privatização” com destaque para os ativos ambientais.

Montezano afirmou que o BNDES voltou a estar entre as 100 marcas mais valiosas do Brasil e ressaltou que a atuação do banco atendeu a todas as esferas políticas do país. “Do Amapá ao Rio Grande do Sul, o banco atendeu e continua atendendo todas as ideologias, todos os partidos de forma independente, neutra e técnica como tem que ser um banco de Estado como o BNDES”, assegurou.

“Temos esse grande orgulho de deixar este legado para o Brasil. Um banco que há seis anos atrás era questionado reputacionalmente, era questionado estrategicamente e passou por diversos desdobramentos gerenciais. O que a gente enxerga para a frente é um BNDES plenamente capacitado para fazer a sua função de banco de desenvolvimento nesse mundo em que a única certeza é o desconhecimento e sem deixar de lado os grandes desafios que o banco ainda tem”, concluiu.

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