Em uma entrevista à televisão norte-americana CBS, o Papa Francisco afirmou que a Igreja deve acolher “todos, todos, todos”. No entanto, ele esclareceu que, embora a Igreja possa abençoar qualquer pessoa, não pode fazê-lo em relação às uniões homossexuais.

Referindo-se ao recente documento “Fiducia Supplicans”, o Papa declarou que “a homossexualidade não é crime” e explicou: “O que eu permiti não foi abençoar a união, porque isso vai contra a lei da Igreja”.

O Santo Padre reafirmou seu desejo de uma Igreja de portas abertas, dizendo: “O Evangelho é para todos, para todos nós que somos pecadores. Eu também sou um pecador”. E acrescentou: “Se a Igreja coloca uma alfândega à porta, deixa de ser a Igreja de Cristo”.

Sobre a questão das barrigas de aluguel, Francisco lamentou que a maternidade de substituição tenha se tornado “um comércio, o que é muito mau e negativo”, propondo a adoção como alternativa para não fugir do princípio moral.

Na longa entrevista à CBS, que incluiu apelos ao diálogo entre países em guerra para se esforçarem em buscar a paz, o Papa também criticou “os que lavam as mãos perante o sofrimento dos migrantes”.

Ele observou que “há muitos Pôncios Pilatos por aí, que veem o que acontece, as guerras, as injustiças e os crimes… e nada fazem”, reafirmando que “a globalização da indiferença é uma doença muito grave”.

A entrevista foi gravada na Casa Santa Marta em 24 de abril, e uma parte foi transmitida no último domingo no programa “60 Minutos” da CBS.

Foto: Riccardo Antimiani/EPA

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