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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na última terça-feira (10) a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, acusado de obstruir as investigações da Polícia Federal relacionadas à tentativa de golpe de Estado. Neste sábado (14), Moraes determinou o levantamento do sigilo da decisão judicial, tornando públicos os detalhes da operação.

Motivações para a prisão

A decisão foi embasada na gravidade das ações atribuídas ao ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Braga Netto é acusado de tentar acessar informações sigilosas ligadas à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que colabora com as investigações.

Prisão no Rio de Janeiro

No momento da autorização judicial, Braga Netto estava em viagem de lazer no Nordeste. Monitorado pela Polícia Federal, ele retornou ao Rio de Janeiro na sexta-feira (13) à noite e foi detido em seu apartamento em Copacabana na manhã de sábado (14).

A Polícia Federal optou por não realizar a prisão durante sua viagem para evitar riscos de exposição pública e garantir uma escolta segura até a capital fluminense. Após ser detido, o general foi levado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

Levantamento do sigilo

O ministro Alexandre de Moraes justificou a retirada do sigilo sobre o caso alegando que as diligências já foram cumpridas e que a publicidade não prejudica mais as investigações. “É certo que, diante do cumprimento, não há necessidade de manutenção da total restrição de publicidade”, afirmou o ministro.

Contexto

A prisão do general Braga Netto é mais um desdobramento das investigações sobre os atos golpistas que tentaram subverter a ordem democrática no Brasil. A delação de Mauro Cid tem sido um elemento-chave para o avanço das apurações, envolvendo diversas figuras ligadas ao governo Bolsonaro.

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