O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, obteve uma decisão favorável do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que concedeu acesso completo ao material apreendido na Operação Spoofing. Este caso envolve sete terabytes de mensagens trocadas entre integrantes da Operação Lava Jato, incluindo o ex-juiz Sergio Moro, que foram alvo de invasão pelo hacker Walter Delgatti Netto, conhecido como ‘Vaza Jato’.

Toffoli argumentou que o acesso integral aos dados vazados pode contribuir para o exercício da ampla defesa do ex-presidente da Câmara, alinhado com decisões anteriores em relação a outros investigados pela Lava Jato.

A determinação também inclui que a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal assegure a Eduardo Cunha, com o suporte dos peritos da Polícia Federal, acesso total às mensagens.

Recentemente, Toffoli havia autorizado a J&F e a Odebrecht a terem acesso ao material da Operação Spoofing, e suspendeu as multas que as empresas haviam concordado em pagar em acordos de leniência.

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No pedido de acesso às mensagens, Eduardo Cunha também pleiteou a suspensão da tramitação de todos os processos e investigações contra ele baseados na delação premiada do doleiro Lúcio Funaro. Toffoli ressaltou que esse pedido deve ser dirigido ao juiz responsável pelo caso, destacando que qualquer análise nesse sentido é prematura.

O escritório Aury Lopes Jr Advogados, contratado por Cunha, celebrou a decisão de Toffoli, afirmando que permitirá corrigir “as injustiças” cometidas contra o ex-presidente da Câmara. Em nota, o escritório destacou que, assim que tiver acesso integral ao material, tomará medidas judiciais para anular os processos, evidenciando a injustiça das acusações e condenações contra Eduardo Cunha.

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