Nesta segunda-feira (9), o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques perpetrados pelo grupo terrorista Hamas contra Israel, que resultaram em centenas de mortes. Ele enfatizou que as operações militares conduzidas por Tel Aviv devem estar em conformidade com o direito internacional, com respeito à população civil.
Guterres expressou profunda preocupação com o anúncio de Israel, feito na segunda-feira, sobre o cerco total à Faixa de Gaza. Ele ressaltou que a situação já era extremamente grave antes do início das hostilidades e alertou que a situação tende a piorar significativamente.
O secretário-geral reconheceu as “queixas legítimas” dos palestinos relacionadas à ocupação de seu território por 56 anos, mas destacou que isso não justifica “atos de terror, mutilação e sequestro de civis”.
Ele também criticou as operações militares israelenses, que não têm respeitado os princípios do direito internacional, mencionando ataques a centros de saúde, edifícios residenciais, uma mesquita e duas escolas mantidas pela agência de refugiados palestinos da ONU (UNRWA), que abrigavam civis deslocados de Gaza.
Guterres afirmou que está em contato com líderes da região para evitar a escalada do conflito e enfatizou a importância de evitar ações irreversíveis que fortaleçam extremistas e prejudiquem as perspectivas de paz duradoura.
O secretário-geral proferiu essas declarações após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU no domingo, na qual o conflito foi discutido. No entanto, o Conselho de Segurança não emitiu nenhuma declaração oficial sobre o assunto, e novas reuniões devem ocorrer em breve.
O Brasil, que preside o Conselho de Segurança neste mês, defende a negociação como o único caminho para a concretização de uma solução de dois estados, respeitando as fronteiras internacionalmente reconhecidas.