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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Congresso Nacional do Povo, reunião legislativa anual da China, elegeu por unanimidade o líder Xi Jinping para a Presidência do país nesta sexta-feira (10), ratificando assim sua condição de líder mais poderoso do gigante asiático em décadas.

A votação, que contabilizou 2.952 votos a favor de Xi, nenhum contra e nenhuma abstenção, foi sobretudo protocolar. Xi era o único candidato ao cargo e já tinha obtido seu inédito terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista em outubro passado, durante o Congresso da sigla -por convenção, o chefe da legenda é também presidente da República, além de chefe das Forças Armadas.

Prenunciada em 2018, quando o país aboliu o limite de dois mandatos de cinco anos aos líderes, a manutenção de Xi no poder era dada como certa por especialistas. A reeleição fez dele o líder chinês mais duradouro desde Mao Tse-tung (1893-1976).

Após o anúncio do resultado nesta sexta, três militares uniformizados desceram as escadas do enorme salão do Grande Palácio do Povo, onde acontece o Congresso, e posicionaram um exemplar da Constituição chinesa sobre uma mesa para que Xi fizesse um juramento.

“Juro ser leal à pátria e ao povo […] e trabalhar duro na construção de um grande país socialista moderno que seja próspero, forte, democrático, mais civilizado e harmonioso”, prometeu o líder com o punho erguido na cerimônia, transmitida nacionalmente pela televisão estatal.

Os últimos meses foram difíceis para Xi, que enfrentou grandes manifestações contra sua política de Covid zero no final de novembro e uma onda de mortes após uma suspensão algo súbita da estratégia em dezembro.

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