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O jornalista Augusto Nunes foi condenado por injúria e difamação por ter chamado o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), de “cafajeste” e ter afirmado que ele desviou vacinas contra a Covid-19. Nunes recebeu uma pena de seis meses e seis dias de prisão, que foi convertida no pagamento de 30 salários-mínimos.

O episódio que deu causa ao processo ocorreu em janeiro de 2021, quando foi publicado um texto na então coluna de Nunes no site R7 com o título “Cafajestes no poder” e o subtítulo “Governo de Rondônia desvia vacinas, frauda relatórios e exporta doentes”.

No texto em questão, a coluna de Augusto Nunes acusava a administração rondoniense de ter desviado vacinas e adulterado relatórios da Covid-19 com o objetivo de evitar que, em razão da falta de leitos, o estado fosse obrigado a decretar medidas de isolamento mais rígidas. Posteriormente, o artigo foi removido da internet.

Em sua decisão, tomada no dia 13 de abril, o juiz José Fernando Steinberg declarou que Nunes não compareceu na audiência de instrução, debates e julgamento da ação e que, por isso, foi declarada a revelia do jornalista. Sobre o mérito, o magistrado disse que ficaram configuradas as práticas de injúria e difamação por parte do comunicador.

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– A prova documental é clara e suficiente sobre os crimes contra honra praticados pelo querelado [Nunes], que se frise, novamente, extrapolou as barreiras da liberdade de expressão e de imprensa – sustentou o magistrado.

Ao colunista Daniel Haidar, do site Terra, o jornalista informou que vai recorrer da decisão.

– Posso dizer que fui julgado à revelia e que foi uma interpretação equivocada da Justiça. Agora, como constituí advogado, a sentença será certamente revertida em segunda instância – declarou.

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