Na noite deste domingo, 7, a Associação dos Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou uma nota informando que profissionais da agência identificaram “ameaças ao aniversário da fatídica data do dia 8”. Embora o documento não forneça detalhes específicos, a autenticidade foi confirmada pela entidade ao Estadão. Nesta segunda-feira, 8, às 15h, o Congresso Nacional sediará um ato para relembrar as cenas de vandalismo ocorridas em 8 de janeiro de 2023, com a participação esperada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do Judiciário e do Legislativo.
A nota, assinada pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis), datada de segunda-feira, 8, e intitulada “A Inteligência de Estado e o 8 de Janeiro”, destaca o papel da ABIN e de seus servidores na defesa da democracia.
Ao ser procurada pelo Estadão, tanto a Presidência da República quanto os secretários do Ministério da Justiça optaram por não comentar. A Intelis confirmou a autenticidade da nota, mas não forneceu mais detalhes sobre a suposta ameaça ao evento do dia 8.
“Mesmo em meio a ataques de atores mal intencionados, que tentam atribuir malfeitos à Abin e aos seus servidores e transformar alegados desvios individuais em ataques políticos para a desestabilização de toda a instituição, seguimos trabalhando incansavelmente, imparciais e discretos, inclusive hoje, detectando ameaças ao aniversário da fatídica data do dia 08”, destaca um trecho da nota.
O texto ressalta o trabalho da Abin no “monitoramento de grupos extremistas,” inclusive durante o ano eleitoral de 2022. Durante o processo eleitoral, a agência enviou relatórios de inteligência a diversos destinatários envolvidos nas eleições, elaborou o “Protocolo de Prevenção de Ameaças do Extremismo Violento Ideologicamente Motivado” e produziu informações que resultaram em operações policiais com a identificação e prisão de indivíduos radicalizados.