O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu um prazo de três dias para que o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) se posicione sobre uma ação que contesta o registro de candidatura de Pablo Marçal à Prefeitura de São Paulo. A ação questiona o possível descumprimento do estatuto do partido em relação ao prazo de registro de Marçal como candidato.

A disputa integra uma batalha interna pelo controle do partido, fundado por Levy Fidelix nos anos 1990. O processo, que estava parado desde o início de agosto, foi movimentado neste domingo (25/8), quando a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, solicitou informações ao atual presidente do partido, Leonardo Avalanche. A ação foi apresentada por Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, que acusa Avalanche de desrespeitar o estatuto e comprometer a democracia interna da sigla.

Além do pedido de informações ao PRTB, Cármen Lúcia também requisitou um parecer do Ministério Público Eleitoral. A ação conta com o respaldo de renomados juristas, incluindo os ex-ministros do TSE Sérgio Banhos, Carlos Eduardo Caputo Bastos e Carlos Horbach.

Segundo Aldineia, um acordo firmado em fevereiro deste ano previa sua ascensão à vice-presidência do partido e a ocupação de cargos estratégicos no diretório nacional. No entanto, ela alega que Avalanche ignorou o pacto e nomeou aliados próprios, incluindo Tarcísio Escobar de Almeida, que foi posteriormente afastado por suspeitas de ligação com o PCC. A eventual invalidação das decisões de Avalanche poderia comprometer a candidatura de Marçal.

Esse é apenas um dos desafios enfrentados por Pablo Marçal, que já responde a três processos na Justiça Eleitoral, incluindo acusações de abuso de poder econômico e irregularidades na filiação ao PRTB, sendo dois desses processos movidos por integrantes do próprio partido.

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