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No dia 22 de junho, o general da reserva Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Lula, admitiu que houve uma edição no relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviado ao Congresso Nacional, que alertava sobre os ataques planejados às sedes dos Poderes em 8 de janeiro.

De acordo com Dias, o relatório original mencionava o “ministro do GSI” como um dos destinatários dos informes, o que não correspondia à verdade. Em seu depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ele explicou que a resposta da Abin ao Congresso consistia em uma compilação de mensagens de aplicativos, com data, horário e informações sobre os acontecimentos.

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No entanto, o documento erroneamente atribuiu a ele a condição de destinatário. Dias esclareceu que não participava de nenhum grupo de WhatsApp e não era responsável pela disseminação dessas mensagens compiladas. Portanto, o documento em questão não estava de acordo com a realidade. Antes de ser enviado, essa discrepância foi corrigida.

Dias ressaltou que a alteração do documento não constitui adulteração ou fraude, pois sempre enfatizou a importância de que todos os documentos do GSI refletissem a verdade. Além disso, o mesmo relatório, sem qualquer referência a Dias, foi devidamente encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público Militar (MPM).

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