O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou, neste sábado (21/1), Júlio César de Arruda do posto de comandante do Exército do Brasil, segundo fontes do Palácio do Planalto. A expectativa é de que a demissão do militar do posto seja oficializada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
O substituto escolhido por Lula para o cargo é o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
A exoneração ocorre um dia após o presidente ter se reunido com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes das Forças Armadas. O encontro ocorreu nessa sexta-feira (20/1), em meio à relação tensionada do atual presidente com militares, inflamada pelos atos antidemocráticos na Esplanada dos Ministérios, em 8 de janeiro.
Arruda foi escolhido por Lula para o comando do Exército e assumiu o posto de maneira antecipada e interinamente ao final do ano passado. Antes dele, a cadeira era ocupada por Marco Antônio Freire Gomes.
Na ocasião, a nomeação antecipada de Júlio Cesar foi motivada pela pressão relacionada à segurança de Lula, revista em virtude da organização bolsonarista nos arredores do Quartel-General do Exército, em Brasília, e das ameaças de atentados vistas nos últimos dias na capital do país.
Perfil do novo comandante
O novo comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, ganhou projeção após discurso incisivo em defesa da lisura do processo eleitoral brasileiro e do resultado das eleições que asseguraram o petista na Presidência da República.
Conforme noticiado pela coluna do Guilherme Amado, do Metrópoles, em cerimônia que homenageou os militares mortos no Haiti, Paiva afirmou que o Brasil enfrenta um “terremoto político” que está “tentando matar a coesão, hierarquia, disciplina e profissionalismo” do Exército e que afeta o “respeito e o orgulho que temos de vestir essa farda”.
(*) Com informações do metropoles