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A Polícia Federal desvendou um plano de atentado contra o senador Sérgio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, após o grampo de celulares indicados por um ex-membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações envolveram a quebra de sigilo dos aparelhos, além de informações de cadastro das linhas telefônicas, como o código do chip e endereços de e-mail. Um dos e-mails identificados foi o ‘[email protected]’, que pode ser de terceiros e uma estratégia dos criminosos para evitar deixar rastros, de acordo com publicação do Estadão.

A partir da devassa, a PF encontrou a primeira referência a Moro: o código ‘Tókio’, escolhido pelos criminosos para se referir ao senador, foi explicado em uma troca de mensagens. Os policiais também conseguiram acessar mensagens e agendas telefônicas das quatro primeiras linhas apontadas pela testemunha, o que permitiu ampliar as buscas e o cruzamento de dados.

Além disso, foram encontradas filmagens do prédio onde Moro morava em Curitiba, dados sobre a rotina dos filhos dele e um relatório detalhado de reconhecimento do local de votação. Os investigadores acreditam que o PCC tenha cogitado agir no segundo turno da eleição e cruzaram dados de geolocalização dos celulares, descobrindo que um dos membros da facção circulou perto de endereços ligados a Moro no final do ano passado. O PCC alugou imóveis no Paraná, que foram usados como base para organização e execução do plano.

A operação resultou na prisão de nove suspeitos por participação no plano de atentado. Acredita-se que o ataque teria sido motivado por transferências de lideranças para presídios federais e pelo fim das visitas íntimas, iniciativas de Moro quando foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. A juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, autorizou a prisão dos suspeitos após ponderar que, em diversas investigações, foi verificada a cessão, empréstimo ou fornecimento de dados pessoais a terceiros por pessoas que possuem envolvimento com fatos criminosos.

(*) Com informações de horabrasilia

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